A meditação é um modo de renunciar ao ego.
Meditação é renúncia, a própria essência da renúncia.
Normalmente nos apegamos ao ego: de todas as maneiras possíveis tentamos
comprová-lo. Meditar significa desistir de satisfazer o ego,
abandoná-lo. Não estamos mais interessados em comprovar o ego, porque
vemos a falsidade dele e todo o absurdo da coisa.
Ver o ego nos permite abandoná-lo; ver a futilidade e a amargura que ele
nos traz faz abandoná-lo – e imediatamente ocorre uma transformação.
Sempre que você se esvazia do ego, algo provindo do além entra, preenche
imediatamente seu vácuo interior. Essa entrada súbita de energia vinda
do além é Deus. A meditação abre o caminho para a entrada do que vem do
além.
Mas somos tão cheios de nós mesmos que continuamos perdidos. Temos de
nos esvaziar totalmente, é necessário um esforço completo, que não seja
frio ou desinteressado, porque, se restar uma parte ínfima do ego, ela
já será suficiente para nos manter afastados do além.
O ego tem de ser abandonado totalmente, o vazio tem de ser total, para que não haja mais barreiras e o convidado possa entrar.
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