YOGA ..

Considerado por muitos como uma antiga filosofia de vida, 

o Yoga figura como o mais antigo e holístico sistema que integra o corpo, 

a mente e as emoções do ser humano. 

Yoga significa União, pois ele une e integra o corpo,  a mente e nossas emoções para que sejamos capazes de agir de acordo com nossos pensamentos e com o que sentimos.

 O Yoga nos induz a um profundo relaxamento, tranquilidade mental, concentração , clareza de pensamento e percepção interior juntamente como o fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade

YOGA E  MENTE

A mente humana é ativa por natureza e as situações cotidianas aumentam sua agitação e turbulência.

Ela é a sede dos apetites, pesares, paixões , sentimentos , desejos, culpas, preocupações. 

Nela residem todos os aspectos que produzem prazer ou dor.

  Muitos dos problemas que atormentam o homem comum têm origem nos sistemas de educação clássica, repleto de normas:

"Não pense assim... aja dessa forma..." Todas as normas e regras fazem com que o ser humano se distancie de sua essência e crie até mesmo iniimizade com a sua própria mente.

  Quando a mente está serena, é preciso não perturbá-la. No entanto, ela é afetada por diversas situações como preguiça, dispersão, paixão, que exigem um contraponto para se manter em equilibrio.

  O Yoga elimina todas as confusões e os falso valores da vida e , dessa forma, o seu praticante consegue exercer o domínio sobre as paixões materias e terrenas.

  Para atingir a serenidade, não é necessário abandonar a vida mundana ou isolar-se num mosteiro, pois o Yoga pode ser praticado em qualquer lugar: na cidade, no trabalho, na família, nas atividades, no universo em que se vive.

  Na verdade, o sucesso encontra-se no caminho, e não o caminho no sucesso. Atingir a serenidade e a felicidade justifica o esforço que se realiza para alcançá-las.

  Para observar como funciona a mente é preciso sentar-se durante um período de tempo em silêncio absoluto, e permitir que a mente caminhe de um lado para outro, sem prender-se a nenhum motivo ou pensamento.

  Nas primeiras tentativas pode se observar a grande quantidade de pensamentos que entram e saem de nossa mente, alguns descontrolados e ruins, outros mais leves e alegres. Com a prática diária desse exercício, pouco a pouco as inquietaçõesda mente vão se reduzindo, até que se tenha controle sobre ela.

  Embora o exercício seja simples, não é muito fácil de ser realizado, pois nossas vidas possuem ritmos diferentes, desejamos tudo de forma rápida e intensa, mas com persistência e paciência, fundamentais na prática do Yoga, obtém-se a paz e o controle da mente.

MEDICINA E YOGA

  Até bem pouco tempo atrás, o Yoga era praticado no Ocidente apenas com a finalidade de relaxar, controlar a respiração e meditar. Atualmente, passou a ser usado como tratamento auxiliar de doenças, com resultados positivos comprovados em estudos acadêmicos.

  Aliado à medicina convencional, alguns pesquizadores entendem que o Yoga pode ter um papel importante no tratamento de hipertensão, diabetes, depressão, asma, artrite e até mesmo alcoolismo. Tal fato demonstra  o quanto pode ser positivo a união ou relação entre elementos culturais do Oriente e Ocidente, sem preconceitos de ambos os lados.

  Na Índia, o Yoga é repleto de conceitos antigos e técnicas que têm como base uma visão especial do mundo. No Ocidente, nos meios acadêmicos voltados à medicina, ele tem sido receitado como medicação. Apesar dessas diferenças, o objetivo das duas linhas de pensamento é proporcionar ao homem uma vida mais saudável.

  No antigo tratado Yoga Sutra, escrito por Patanjali, existem citações sobre o progresso espiritual e a "paralização dos turbilhões da mente" com a prática do Yoga. Embora o grande mestre tenhaa escrito a obra há mais de 2500 anos, ela trata de problemas extremamentes atuais da vida contemporânea, como o estresse e a agitação mental.
  Os mestres indianos aceitam as práticas do Yoga na medicina ocidental, mas acreditam que ela deve vir acompanhada do entendimento de seus princípios originais.
  Até o início da década de 1990, o ceticismo da medicina ocidental com relação ao Yoga tinha seus motivos, pois os estudos acadêmicos ainda eram poucos e inconclusivos.

JUNG E O YOGA

  O conhecido psiquiatra Suiço Carl Gustav Jung, que tinha grau honorífico da Universidade de Calcutá(1937), realizou diversos estudos e trabalhos sobre o ser humano, inclusive sobre o Yoga. Em sua obra Psicologia e Religião Oriental (Ed Vozes), podemos observar seu conceito sobre o "impacto "do Yoga no Ocidente, além do conceito que tinha sobre a sua prática.

  "Quando um método religioso  se anuncia como 'científico', pode ter certeza de obter público no Ocidente. O Yoga preenche essa expectativa. `A parte do encanto da novidade e a fascinação por tudo o que é pouco compreendido, o Yoga tem bons motivos para conseguir muitos adeptos. Oferece possiblildades de experiência controlável e assim satisfaz a necessidade cientifica de "fatos". Além disso, em virtude de sua amplitude e profundeza, de sua idade venerável, de sua doutrina e método que abrange todos os aspectos da vida, ele promete possiblidades nunca sonhadas. 

  Toda prática religiosa ou filosófica pressupõe uma diciplina psicológica, isto é , um método de higiene mental. Os múltiplos processos puramente corporais do Yoga compreende também um higiene fisiológica superior aos exercícios de ginástica e respiração comuns, desde que não é apenas mecanicista e científica, mas é também filosófica. Ao treinar as partes do corpo, unifica-as com a totalidade do espírito [...]

  " A prática do Yoga [...] será insuficiente sem os conceitos nos quais fundamentam. Ele combina o físico e o espiritual de maneira extraordinariamente completa. No Oriente, onde essas idéias e práticas se desenvolveram, e onde durante milhares de anos, uma tradição ininterrupta criou as necessárias bases espirituais, o Yoga é , o método apropriado e perfeito para fundir corpo e mente, de modo a formarem uma unidade inquestionável. Essa unidade cria uma disposição psicológica que possibilita intuições transcendentes a conciência".

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