sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Osho - Reflexões ..


"Normalmente, você encontra a palavra "permanente" nos dicionários como se ela fosse sinônimo de "eterno". Mas não é. O eterno é sempre momentâneo. Olhe o botão de rosa outra vez. De manhã ele está ali, à noite não está mais. Foi momentâneo. Mas ele surgirá novamente — amanhã pela manhã outra rosa estará ali. Ela sempre ressurgirá. O eterno emerge por meio do momentâneo, o eterno olha por meio do momentâneo. Uma flor se vai, outra vem. Na verdade, aquela que se vai apenas dá espaço para a outra. A beleza é eterna. A "rosidade" é eterna. As rosas vêm e vão; a "rosidade" é eterna.
Viva no momentâneo. E viva no momentâneo sem desejar o permanente. Do contrário, você perderá o eterno. Viva no momento com tamanha intensidade e plenitude que esquecerá o permanente. O permanente é uma projeção no futuro. O permanente é seu desejo. Ele não tem nada a ver com a realidade. O eterno é a profundidade do momentâneo — o eterno está no momento. O permanente é horizontal, linear. O eterno é vertical.
Alguém está nadando na superfície de um rio profundo — é assim que é o permanente. E alguém mergulha nas profundezas do rio — eis o eterno. Mergulhe fundo no momento e você tocará o eterno. Olhe a rosa. Sim, essa rosa é momentânea. Mas olhe mais fundo, mergulhe fundo e, de repente, você verá que oculta por trás da rosa está a "rosidade". Oculta atrás dessa momentânea rosa está a beleza eterna, divina. As flores vêm e vão — o florescer permanece. As rosas vêm e vão — a "rosidade" permanece. Os amantes vêm e vão — o amor permanece."


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 Eu sou contra flores de plástico. As flores de verdade são muito diferentes. As flores de plástico são permanentes — o amor de plástico será permanente. A flor de verdade não é permanente: ela muda a todo momento. Hoje ela está lá dançando ao vento, sob o sol e a chuva. Amanhã você já não será capaz de encontrá-la — ela desapareceu tão misteriosamente quanto apareceu. O amor de verdade é como uma flor de verdade.

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Lembre-se sempre deste princípio básico: se você lutar contra algo que é falso, será derrotado. O falso não pode ser vencido porque ele é falso! Como derrotar algo que é não-existencial? Não há jeito. O único jeito é levar luz e ver o que há ali.
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A religião não é algo em que acreditar, mas algo para ser vivido algo para se vivenciar. Não é uma crença na sua cabeça, mas um aroma em todo o seu ser.

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 Ao ver o pôr-do-sol, por um instante você esquece seu estado de separação e passa a ser o pôr-do-sol. Esse é o momento em que sente a beleza dele. Mas, no instante em que diz "que lindo pôr-do-sol", deixa de senti-lo — você volta para a sua entidade separada e fechada do ego. Agora é a mente falando. E esse é um dos mistérios: a mente pode falar e ela nada sabe, e o coração sabe tudo mas não sabe falar.

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A vida é um fim em si mesmo. Ela não é um meio de se chegar a um fim, ela é um fim por si só. O pássaro em pleno vôo, a rosa ao vento, o sol nascendo pela manhã, as estrelas à noite, um homem apaixonando-se por uma mulher, uma criança brincando na rua... Não existe propósito algum. A vida é simplesmente usufruir dela, deleitar-se com ela. A energia está transbordando, fluindo, sem absolutamente propósito algum.
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Quando você vir raiva nos outros, mergulhe dentro de si mesmo e encontrará raiva ali. Quando vir muito ego nos outros, simplesmente interiorize-se e descobrirá o ego instalado dentro de si próprio. O interior funciona como um projetor: os outros se tornam telas e você começa a ver filmes projetados nos outros que, na verdade, são seus.
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A sabedoria não tem nada a ver com conhecimento, absolutamente nada. Ela tem algo a ver com inocência. Algo da pureza do coração é necessário, algo da vastidão do ser é necessário para que a sabedoria cresça.
*Depois que a doença desaparece, todo mundo vira criador. (...) Você é como um grande rio que, por meio de sua força impetuosa, chega ao oceano. Nenhum rio está em busca do oceano, mas os rios chegam ao oceano. E nenhum rio compete com os outros, mas todos chegam ao oceano. Os rios chegam ao oceano graças à água transbordante. Essa mesma energia é suficiente para levá-lo ao oceano.


  Você pode se tornar um oceano de criatividade se estiver satisfeito. Assim, a criatividade brota em você, cresce em você — não por um ideal, mas só porque você tem mais do que o suficiente e precisa compartilhá-la. Precisa cantar uma canção, porque o coração está tão repleto e transbordante que você tem que vertê-lo em canções. Não pode conter a energia, por isso o transbordamento acontece. Esse transbordamento é a criatividade.
*Fique num estado de não-saber. Viva a partir desse estado. Olhe as árvores como uma criança, olhe a lua como um poeta, olhe o céu como um louco!
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Sempre que você ri, está mais perto do divino. Sempre que ama, está mais perto do divino. Sempre que canta, dança e toca música, vive a religião de verdade.

OSHO, in: Faça seu coração vibrar

 Um bom fim de semana a todos.
 Luz e Paz




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