quinta-feira, 14 de março de 2013

Lótus, símbolo sagrado..


YOGA - Sri Ananda Deha.


Om Namastê Om!! Saudações primaveris!!
O crisântemo é a flor do recolhimento e do lazer. A peônia, a flor da posição social e da riqueza. Mas o lótus é a flor da pureza e da integridade.
O lótus é planta nativa de uma região que compreende a Ásia Central e a India, indo até a China e o Japão, encontrando condições favoráveis para se desenvolver tanto em climas subtropicais como temperados. Seu nome científico é Nelumbium speciosum e é planta conhecida por ser a mais invocada como símbolo religioso e filosófico do mundo. Existem lótus silvestres nos lugares mais inexplorados da Ásia, mas a grande maioria serve para fins comerciais e ornamentais.
A primeira identificação conhecida do lótus com uma divindade é a imagem de uma deusa trazendo essa flor nos cabelos, desenterrada no vale do Indo, com idade calculada em 3000 ªC. No Rig Veda (uma das grandes partes das escrituras sagradas da filosofia indiana – Os Vedas), a deusa é descrita como tendo nascido de uma dessas flores, que também lhe fazem uma grinalda. Uma flor de lótus serve-lhe de pedestal. A mitologia dos brâhmanes assegura que o Criador (Brahma) “nasceu de um lótus que brotou do umbigo de Vishnu, durante profunda meditação”.
Os yogues consideram Padmasana – ou a pose do lótus – a postura ideal para Meditação (figura abaixo), em face de seus extraordinários efeitos psíquicos, que induzem mais facilmente ao recolhimetno interior e à elevação do Espírito. Padmasana produz grande equilíbrio de todas as correntes do corpo. Durante a prática, os impulsos fisiológicos são neutralizados. As atividades psíquica, mental e espiritual adquirem maior agilidade.
NA CHINA
Consta que na China, no passado remoto, as crianças deviam decorar essa definição da flor do lótus, que lhes ensinava sobre como identificar o homem pefeito: “Brota do lôdo da terra mas não vem conspurcada. À procura da luz do dia, eleva-se acima da superfície da água e exibe sua beleza imaculada, inviolada pela escuridão que atravessou. Esta nobre flor simboliza a alma do homem perfeito”.
Nobreza que até hoje continua sendo lembrada, com o crescimento dos lótus dos fundos lodosos de inúmeros lagos e lagoas, tanques de pagodes e vasos de barro. Há milênios, o lótus representa a Divindade, a Beleza e Pureza femininas, a Ressurreição, o Desapego e o Sol.
SÍMBOLO BUDISTA
O lótus tornou-se um dos primeiros símbolos religiosos do Budismo, há cerca de dois mil anos. Diz a lenda que, quando o príncipe Sidharta Gautama (que viria ser o Buda, ou o Iluminado) nasceu, logo caminhou sete passos, em cada qual brotou uma flor de lótus. Nas descrições da figura humana do Buda, este geralmente surge representado sentado sobre uma dessas flores desabrochadas, em padmasana, ou a postura do lótus.
O Budismo levou o lótus a quase todos os cantos da Ásia. Está nos grandes pagodes em Borobudur, na ilha de Java, em Pagan, na Birmânia, em Sukhotai, na Tailândia, em Angkor Wat, no Camboja. Nas estregas do Sri Lanka, nos cestos fúnebres de Bali ou em amuletos do Tibet. Diz-se que nenhuma outra planta conseguiu unir, assim, harmoniosamente, as diversas culturas asiáticas.
No Tibet, o lótus inspirou o conhecido mantra: Om mani padme hum – Possa a minha alma ser como a preciosa gota de orvalho que jaz na borda da folha de lótus antes de cair na obscuridade pacífica do lago.
"É necessário que se perceba a simplicidade,
não a simplicidade exterior,
mas a simplicidade daquele estado
em que não há nenhum esforço para chegar,
em que não é necessária nenhuma luta para se ser algo ou alguém,
o que equivale a ser como uma flor;
a flor é ela própria perfume, beleza, sem nenhum esforço nem luta.
A mente que luta para alcançar a eterna beleza
daquele perfume nunca será capaz de conhecê-la."
Krishnamurti,
As ilusões da mente.
Luz e Paz !

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